2.12.09

Creio na vastidão dos amores humanos


Creio na vastidão dos amores humanos,
esses amores que se fundem com os domínios
inelutáveis da dor: o amor, essa claridade
que não alcançou em nossos dias
a recôndita certeza dos deuses.

Amores
frágeis sob o voo irisado das aves, amores
de uma noite profunda ou de uma tarde amena
entre o regaço de outras mãos. Amores
de pais onde tudo se esquece entre
uma aurora e outra.


Paulo Teixeira