Não é o que passa que nos faz estar tristes.
É amarmos que passe na tristeza,
tocado a luz interior que exige
cada vulto chegado a transparência.
Porque amarmos que passe é um limite.
A luz aí se eleva
em cada vulto. E assiste-se
ao apogeu de trânsito e inocência.
Cada qual se despede. E cada qual a triste.
Mas todos cumprem a rotação imensa
e, chegados ao apogeu, assistem.
Amam o lume abrupto da tristeza.
Fernando Echavarria (poeta timorense)