Gritam homens do stéreo
Aos quatro passos do vento
Gritam homens do stéreo
Aos quatro tempos da poesia
Gritam puerís
Ainda em primaveras de pombas
ninguém cála seus passos,
Suas rimas e seus encantos
Pelas manhas,
Se espalham as grotas do silêncio
Que drenam ao mar,
Suas emoções ocultas diluidas
Ode ao verão
Aquem se despeja e se limpa o suor
Daqueles homens cheios de torpor!
Gritam homens do stéreo
Aos quatro passos do vento
Gritam homens do stéreo
Aos quatro tempos da poesia
No inverno
Sacodem suas gangas caregadas de orvalho
Embalam suas cangas homens de sóbrio
ninguém escuta seus passos,
Suas rimas e seus encantos
Mas gritam homens do stéreo
não serão estes os meninos do outono?
Noé Filimão Massango
Moçambique
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