2.8.09

Como se tudo aquilo em que tocassem


Como se tudo aquilo em que tocassem
as nossas mãos se transformassem em espuma
e os olhos, feitos barcos, navegassem
serenos e altivos sobre a bruma.

Como se não sobrasse mais nenhuma
noite em que os nossos corpos se enlaçassem
e abraçados vencessem, uma a uma,
qualquer barreiras que nos levantassem.

Como se fosses o principio e o fim
do que quis sempre para mim


Torquato da Luz