Meu casto uno,
Terno delírio,
Gloria e martírio
Do meu amor!
Amo-te como
A haste o gomo,
O lábio o pomo,
E o olho a flor.
Se ao meti ouvido
Chega o rugido
Do teu vestido
Indo a roçar,
Que som me vibra
Não sei que fibra,
Que me equilibra
A mim no ar?
E que harpa santa
É que me encanta
E enche de tanta
Consolação,
Quando uma fala
Terna se exala
Donde se embala
Teu coração?
Quando te vejo
De um simples beijo
Corar de pejo.
Mudar de cor,
Que susto é esse
Que me parece
Te empalidece,
Rosa de amor?
Quando no leito
Teu níveo peito
Sonho que estreito
E aperto ao meu,
Vendo tão perto
O céu aberto,
Porque desperto,
Anjo do céu?
Não fujas, rosa,
Não fujas, ga6a
Manhã mimosa,
Manhã de amor!
De folha em folha
A flor se esfolha
Bem cedo e olha
Que és uma flor!...