Espera um pouco (até que o amor de todo nos destrua!)
Amanhã, amanhã é que esta história há-de ser contada.
Então, da nossa vida e amores, não haverá mais nada
Do que um fantasma branco balouçando à lua.
Mas é agora que tudo é verdadeiro. Amanhã, quando
Não houver de nós ambos nem o nome escrito
Em letras de pedra numa pedra num canto do mundo,
Nina, quem saberá o que foi o nosso amor profundo?
O nosso amor maldito?
O nosso amor tão grande?
É preciso, é preciso dar notícia aos grandes profetas do futuro!
(Não vão depois dizer que o nosso amor era pecado...)
Não havia nenhum muro, e para trazer calado
O mundo, é que os dois, a pedra e lágrimas, levantámos a
[enorme e intransponível sombra deste muro!
Eduíno de Jesus