A manhãA nuvem branca
encobre
o fetiche azulado
teu.
Reprimem carícias
ténues
os dedos loiros do astro
rei.
A tardeSoturno gesto
insípido partilha heróis
a branco e negro
em a galeria.
Ao fundo
a mais bela tela
suporta
a penumbra húmida.
A noiteSó
desdobro-me em múltiplas sombras
umbrais de portas
aluaradas.
Pretendo
prolongo mais um pouco
o lusco-fusco,mas é a noite da bola
branca.
Paulo Duarte Filipe