NOVO ANO,
doze badaladas, iguais desejos.
Ficam os ditos formulados,
bolorentos frutos
no escuro da gaveta,
e logo aguçam a curiosidade,
dos que procuram um antídoto eficaz,
contra a nova praga,
que nos desfaz.
Faça-se a experiência!
Coloque-se um desejo a hibernar,
a criar filetes para analisar.
Se o cientista de cabelos em pé,
nos vier dizer:
"Eureka descobri",
está salva essa prole de destemidos,
que trincaram passas
e foram ouvidos.
Helena Figueiredo