A negra salta e não cansa.
Entre o denso mar pálido
e a clara poeira,
a corda balança.
A negra se ergue e sorri.
Entre o leve céu pálido
e as dolentes árvores
e o tambor que vibra.
A negra se ergue e é esguia.
Dentro do batuque
e da ritmada corda
e do morto dia.
Não há segredo na boca tranquila da negra,
nem antigas e vãs perguntas que se percam,
nem místicas dúvidas ou esquecidos gestos.
Ela se ergue como uma lança,
e entre o céu e a poeira
simplesmente
dança.
Glória de Sant`Anna