Pensar a história e ser pensado nela
sendo ela pensada noutra parte
com a nossa a, se possivel, vê-la
no nó especular de onde ela parte.
E, alem do nó, o azul rasga a janela
e nele se move, sem lugar, amar-te
sendo amado de ti, como uma estrela
no pensamento de que não se aparte.
Ou arruina-se a mágoa, a perspectiva
e o próprio azul por onde se mover
é amar-te numa história viva
que ainda nao soubemos escrever.
Porque escrevê-la a ensombra e a deriva
para a seguirmos como ja não é.
Fernando Echavarria (poeta timorense)