Galopando no ar sem mudar de lugar.
E galopa galopa e galopa, parado,
E galopa sem fim nas tábuas do sobrado.
Oh! que bravo corcel, que doidas galopadas,
- Crinas de estopa ao vento, e as narainas pintadas!
Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,
O cavalo de pau é o terror das cadeiras!
E o cavaleiro nunca muda de lugar,
A galopar a galopar a galopar!
Afonso Lopes Vieira