o mar rosna
rosna e espuma
e se levanta
ao longo das areias
numa fúria
que o conduz trazido do profundo
onde as barcas
e os mortos afogados
se diluem
e rosna
e baba
sob o chicote e o vento
até ao cabo
onde outro mar o chama
e aí se enlaçam e se batem
numa dança da força
que a água azul lhes dá
Glória de Sant'Anna