Quererei alienar
Vazar os espaços da língua
Que ainda restam para contar
Sobre abruptas noites
Em que contemplarei e renascência
Dos corpos simétricos
de suor
Catalogarei em vida
Os espectros umbigos
Atravessados de legumes e preços
No estudante partidário do pão
Do pão baleado pelo sinaleiro
Quererei buscar
Na memória
O cidadão híbrido
Do tempo
Que ninguém semeia.
Jorge Matine