Não confundas
Meu irmão europeu,
A palavra europeu
Com a cor da pele.
Não confundas
Meu irmão europeu,
A palavra africano
Com a cor da pele.
Meu irmão europeu,
No século XXI, estamos
E europeu ser
Na cor da pele está não.
Meu irmão europeu
No século XXI, estamos
E africano ser
Na cor da pele está não.
Meu irmão europeu
Só se pode sentir
A pele da cor que vestires
E não a cor da pele
Que não sentires.
Ser ou não ser
Não é a questão,
Pois a pele da cor
Está do lado do coração
E a outra, está na aparência.
E, somente dói
Ausente de paixão
E nossa alma corrói,
Sem Amor nem compaixão.
Mas, meu irmão europeu,
Um dia compreenderás,
A minha indignação
Quando como eu, vestires
As peles de todas as cores!
José Craveirinha