3.5.09

Minha Mãe


Minha mãe
(todas as mães negras
cujos filhos partiram)
tu me ensinaste a esperar
como esperaste na horas difíceis

Mas a vida
Matou em mim essa mística esperança

Eu já não espero
Sou aquele por quem se espera

Sou eu minha mãe
a esperança somos nós
os teus filhos
partidos para um fé que alimenta a vida.

Agostinho Neto (poeta angolano)