A verdade era bela,
como vinha nos livros.
À beirinha das águas
a verdade era bela.
Os que deram por ela
abriram-se e contaram
que a verdade era bela.
Quase todos se riam.
Os que punham nos livros
que a verdade era bela,
muito mais que os outros.
A verdade era bela
mas doía nos olhos
mas doía nos lábios
mas doía no peito
dos que davam por ela.
Sebastião da Gama