outras vozes me chegam da cratera
de uma flor de uma casa de uma agulha
e murmuram os nomes do verão
e ancoram seus barcos de veludo
outras vozes se vestem de infintio
abertíssiomo chão sem armaduras
vacilantes os pés na orvalhada
semente da maçã à noite ao escuro
outras vozes arriscam outro grito
um turbilhão de aragem delirante
na bárbara visão impossuída
outras vozes se escondem na loriga
com que marte se cobre quando entende
certas vozes da tua mão na minha
Olga Gonçalves