Um dos gatos era qual o velho da rua pardo
velho sacudindo
a barba à chuva e amolando
tesouras no dealbar das mãos na espera
de haver relento
sorria no ápice de quem
tropeça
num corpo mais feliz
Era como o gato o velho um dia
inteiro presente
era possível iniciá-lo
atravessar-lhe a funda carícia das horas sem ideia
de o deixar dormir
Andreia C. Faria