A Nelson Mandela
(Descer os degraus da Humanidade. Ver o mar
escuro do fenómeno
errante do atrito de armas. Sentir com as palavras
presas nos lábios
o perfume da discriminação distribuído a preço
derrisório em Durban,
Pretória, Soweto...Olhar na propagação de sinais
sombrios o desenho
da desunião e de outras dores inspiradas que nos
vigiam enquanto
os homens degrau a degrau sobem o horizonte cruel.
E assim surgimos
na árvore do quotidiano, quotidiano vivo,
ingrediente da nossa tragédia.)
João Maimona (poeta angolano)