Motivo
Um poema é sempre
uma qualquer angústia que transborda.
(E eu posso cantá-lo de amor
posso cantá-lo de ódio
posso cantá-lo de roda...)
Um poema é sempre
como um rebento novo que se desdobra.
(E eu posso cantá-lo ao sol
posso cantá-lo de água
posso cantá-lo de sombra...)
Um poema é sempre
como uma lágrima que se solta.
(E eu posso cantá-lo como quiser:
há sempre uma palavra que me esconda...)
Glória de Sant'Anna