A ilha é branca
Quando as gaivotas
Abrem as manhãs
E pousam no sorriso
Dos que amam!
A ilha é verde
Quando o ar das montanhas
Constrói telas nos olhos
Dos que vêem!
A ilha é azul
Se os peixes encantam pescadores
Na cumplicidade de uma noite!
A ilha é cinza
Se a luz dos teus olhos
Me queima as pálpebras
Naquele instante mágico
Que é prenúncio de tristeza!
Mas a ilha é arco-íris
Se as avenidas do teu sorriso
Me entram no coração!
Ou se os olhos querem ver
Ou se a boca quer amar...
A ilha é arco-íris
Se sou verdadeiramente Homem
Para sonhar!
António Manuel de Castro