Descendo estas escadas
Do Templo e do Destino,
Nesta infinitude de sacadas,
Que seguram o meu tino.
Nesta visão o que não vejo,
Neste ver que não olho,
Vejo-me que sou o que não sou,
Por entre desejo,
E não sou o que não sou,
Por entre aquilo que suou,
Desde longo viver.
Destes meus impulsos,
Que me fazem somente,
Mas somente, não ser
Rogério Freitas Sousa