Dentro dos finos dedos das árvores quietas
a noite dorme um longo sono transparente
junto das tépidas aves de olhos ausentes
da clara madrugada que ainda não surgiu.
O esparso e denso azul silêncio ressente-se
e simula agitar-se a uma brisa ténue que não existe,
(e contornaria os muros pálidos e inertes
sem tocar o secreto e desconhecido íntimo das pedras).
Tudo se contém no contorno fixo do seu limite.
Só o mar se desdobra e reflecte inquietamente
a vigília inútil e cansada das estrelas.
Glória de Sant'Anna