22.7.10

Músculo a poesia seguinte



na sala branca constelação aquém o amor jasmim
das portas esse galho sábado da rocha
os alicerces da canela secam teu gosto
silêncio a mesa gráfica
o semba vai a bordo nestes dias seu lugar

o aniversário couple noir
alguma vidraça na gargalhada sem palavras
nos acessos os degraus nascem ao meio-dia dum domingo
com leis da sintaxe no norte dos anos
a face dum corpo fecha as janelas
contra as horas invisível passeio pelo passeio
partirá longe o pêlo sílaba dum deserto quando repouso jamais
as ruas do exílio
transformam o século sem músculo em poesia seguinte

Abreu Paxe
Angola