Tudo começa num ramo
de oliveira
aberto em braços de que saem braços
luxuriosos caprichosos
vagarosos de abraços deslaçados
nos espaços
Prende-se nele a brisa em mil requebros lassos
complacente
Um bago branco Um bago azul
mil bafos de euforia
Na serena folhagem transparente
Solta-se quente aberta em leque
Uma quase alegria
Comprometida e inocente
Mário Dionísio