3.8.10

Ausência


Meu amor, como eu sofro este tormento
da tua ausência!... Ando magoada
como a folha arrancada pelo vento
ao carinhoso anseio da ramada...

Procuro desviar o pensamento...
mas oiço ao longe a tua voz molhada
em lágrimas, vibrando o sofrimento
da nossa vida asim, tão separada!

Os meus beijos escutam os teus beijos
exigentes - perdidos de saudade...
crispando amargamente os meus desejos!

E dia a dia essa canção de dor,
ritornelo sombrio de ansiedade,
exalta ainda mais o meu amor!


Judith Teixeira