7.4.10

Divagações


Pelo dever
de resistir e caminhar
pelos destroços da nossa utopia,
eis-nos aqui de novo, acocorados,
aqui onde o tempo pára
e as coisas mudam.

E para que o nosso sonho renasça
com a levitação do vento e do grão,
eis-nos aqui de novo,
passivos como os espelhos,
no tear da nossa existência.

Este sempre será
O nosso amanhecer.
E a nossa perseverança
é como a da erva daninha
que lentamente desponta na pedra nua.

Armando Artur
Moçambique