O peixe desliza na água tranquila
dentro da clara e translúcida água.
Seu instinto o guia,
sua fome o mata.
O peixe escorrega na leve armadilha.
(De prata seu dorso, de coral a mandíbula).
Escorrega na densa claridade mortal
por cima de si entre as algas nítidas.
Já preso, já morto.
Mas de prata ainda.
O peixe se agita na suave armadilha.
(De vidro confuso suas pupilas frias).
Que o pescador vem
e as suas pegadas
são de força e de sol
e de esperança e da água.
E sob a tranquila
claridade mortal,
o peixe é de prata,
de sangue e de sal.
Glória de Sant'Anna