6.4.08


Imobilidade



de pés mergulhados
na areia salgada
trespassa-me a fronte
o sangue das algas

respiro horizontes
tecidos na água
minha face morre
nas velas esparsa

deslasso-me em tempo
de naus madrugadas
onde os olhos náufragos
emergem das vagas

(ai duro silêncio
que é tanto de nada)


Glória de Sant'Anna