Imobilidade

de pés mergulhados
na areia salgada
trespassa-me a fronte
o sangue das algas
respiro horizontes
tecidos na água
minha face morre
nas velas esparsa
deslasso-me em tempo
de naus madrugadas
onde os olhos náufragos
emergem das vagas
(ai duro silêncio
que é tanto de nada)
Glória de Sant'Anna