22.2.08

Apuro o ouvido


Apuro o ouvido
e, ansioso, escuto,
tão impoluto
e comovido.

o som longínquo
da adolescência.
Em impaciência
idei-o e brinco-o

entre o rosal,
rosas abrindo
no bom quintal.

Menino findo!...
Já sensual,
Já pressentindo!...

Saul Dias

Poeta
- Vai!
corre o mundo
encostado
a um bordão de esperanças!

Hão-de ferir-te os pés
as pedras dos caminhos.
mas entenderás a conversa dos ninhos
e o riso das crianças.

Saul Dias