25.2.08


Resignação


Da resignação nada sei.
O mar está encapelado
sou um barco.
Guardo os sapatos, fecho as portas
passeio à chuva.
Espero o vento
há que colher os frutos.

Tu descansas serenamente
folha leve, por terra
fim de cacimbo

Os heróis não voltam.
Dormes, não queres estar vivo.


Maria Alexandre Dáskalos (poetisa angolana)