
Do horizonte recebo o sol
que canta ao infinito sua canção de embalar,
na suavidade das ondas que galgam
sob a espuma o imo do mar.
Entre a oscilação estonteante
(de silêncio e capricho teu)
na torrente que serpenteia dois mundos
ouço o canto na orla de todas as palavras.
E a distância traz-me de volta
sussurros de promessas
rumo ao porvir que não será meu.
Otília Matel