25.11.10

Quase não sei esperar o inesperado


Quase não sei esperar o inesperado,
a rede que se parte e a outra rede
que se reparte: o não saber esperar
com a paciência antiga do silêncio
sentado mansamente ao nosso lado.

Quase não sei sonhar o amargo espanto
de estar aqui à porta de uma lua
que dá para um jardim que deu outrora
para um caminho que não finda nunca
tão pura e simplesmente ao fim da rua.

Maria Alberta Menéres