Amor. Te. Ti, tigo. A morte. Amo-te
sem R, sem risco ao meio da morte.
Quero-te assim, querente, quente e forte
ode que a circunstância obriga a mote.
Quatorze versos no papel e dou-te
exangue e medido ramo. O corte
já deixou de sangrar. Pinhos do norte!
Que ricas tábuas de caixão, pra bote!
No mundo em pedaços repartida
ficou-me a mim e ao luis vaz a vida,
galinha gorda rebolante ao espeto.
Me, mi, Mimi, migo... Ó amiga, as migas
ainda são um bom prato, e até com ligas
de duquesa se faz tanto soneto.
Grabato Dias
Moçambique
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