Silabar a Paz
RISCO
na folha
do teu corpo
azul
pergaminho
desta vida
cerzida
com fios
de tulipa
negra
espelho
que o mago
tingiu
GRITO
com a voz
de pedra
e sinto
os ventos
irromperem
das vértebras
da noite
ASSIM
tacteando
com as minhas
mãos
presas
ao umbigo
da vida
trespasso
a acidez
da loucura
em ponto final
SOLTO
todas
as vozes
silabando
a paz
com acentos
de liberdade
Tony Tcheka (poeta guineense)